segunda-feira, 30 de outubro de 2006
Desabafo de fim de dia
Preciso de acreditar mas estou incrédula;
Preciso de alegria mas estou triste;
Preciso de um caminho, estou no meio dele, mas não vejo o fim;
Sinto-me perdida, sem rumo, despojada de esperanças, apenas receosa, desanimada, sem poder lutar contra a arma invisível que me assombra, que me corrói, que apaga a minha chama.
Não choro, não grito, não me enfureço porque nada disso muda a realidade, apenas espero, abafo sentimentos, aguardo sem aguentar mais, desespero numa dor persistente.
O filme conta a obstinação de um pai à procura de uma filha de 4 anos, que despareceu à 193 dias. Todos os dias este pai perfaz todos os passos do dia do desaparecimento da filha num ritual obsessivo que o ajuda a manter viva a esperança de a voltar a encontrar. Um filme que mostra a angústia e o sofrimento fazendo pouco uso da palavra, como se esta se tivesse esgotado pela dor e recorrendo a imagens que de tão expressivas, nos transmitem o peso da ausência em toda a sua amplitude, tendo como pano de fundo uma Lisboa fria e sem cor. A cena final do filme é o derradeiro passo para as lágrimas transbordarem. Muito bonito e merecedor de prémios!
Bom mas como já ando suficientemente emotiva por estes dias tentei contrabalançar o peso do filme anterior pela leveza de uma bela gargalhada e assisti à estreia do programa dos "Gato Fedorento". Confesso que me desiludi. O Programa está aquém do seu verdadeiro talento. Para mim aqueles gatos querem-se verdadeiramente fedorentos, sem grandes produções, sem recurso à piada fácil e à imitação, sem necessidade de figurantes. O mais simples possível com os textos a valerem por si só.
Feito o balanço, foram mais lágrimas que gargalhadas mas tentarei equilibrar noutro dia.
quinta-feira, 26 de outubro de 2006
Ontem a magia dos meus pensamentos foi entrecortada pela envolvente do trajecto. Na linha do horizonte apenas se vislumbravam nuvens negras que eram temporariamente rasgadas por relâmpagos fortes e de luz intensa. O contraste que tal fenómeno proporcionava era lindíssimo e arrebatador. Por momentos quase que me apeteceu parar o carro e ficar a assistir em primeira fila a um céu a ficar cada vez mais escuro, os primeiros pingos grossos de chuva a cair e a luz forte a aparecer ao longe numa descarga energética possante.
quarta-feira, 18 de outubro de 2006

Frequentemente acusadas de que não percebemos nada de informática e tecnologias, eu pessoalmente interpreto esta foto como um tributo à nossa versatilidade e sentido prático: é que onde alguns só vêm um CD nós vemos algo mais e esse mais é aproveitado para nosso proveito.
É a competência feminina a que chamo de dupla atribuição de utilidade, uma das muitas que fazem, a meu ver, parte do "portfólio de competências quase exclusivamente femininas".
segunda-feira, 16 de outubro de 2006
sexta-feira, 13 de outubro de 2006
Achei este programa de criação de bonecas, uma verdadeira delícia, ainda mais para quem gosta de bonecas como eu mas não tem o mínimo jeito para as desenhar.
Esta sou eu nos meus melhores dias. Digamos que bastante favorecida! Não é a mesma coisa que uma foto mas o resultado é muito mais giro e colorido!
Como a criação das bonecas não deixa de ser uma forma de projecção daquilo que gostamos, dá para perceber que gosto de cores, flores e animais! E mais não digo! Bom fim de semana!
quinta-feira, 12 de outubro de 2006
Livros
terça-feira, 10 de outubro de 2006

O quão bom seria se esta função fosse transponível para a nossa vivência?! As pequenas contrariedades que poderiam ser evitadas se uma acção pudesse ser anulada apenas pela força de um click! Era cómodo, tentador, muito tentador!
No entanto, pouco facilitador ao desenvolvimento pessoal.
O "undo" não existe na vida real. Nesta, todas as acções têm uma consequência e é o peso dessa consequência que nos ajuda a aprender, a evoluir, a crescer...
segunda-feira, 9 de outubro de 2006
aroma a roma

É impossível ficar-se indiferente a esta cidade e isto pelos aspectos mais positivos e mais negativos.
É impossível não se ficar arrebatado com o coliseu e com os fórus romanos, com a sua carga histórica, com a sua tonalidade, a sua magia.
É impossível não se gostar das suas praças, das suas lojas, dos seus artistas, da sua gastronomia, da paisagem pitoresca.
É impossível não nos apaixonarmos pelos seus monumentos, pela sua grandiosidade e imponência, pelos percursos que se podem fazer só seguindo a direcção das cúpulas das igrejas que vão aparecendo no campo de visão, pelo prazer de descobrir.
São intermináveis as coisas que se podem gostar em Roma. Mas Roma é uma cidade de muitos contrastes e apesar de eu ser particularmente apreciadora de contrastes, nem todos são agradáveis aos nossos sentidos. A imensidão de gente que mora e invade Roma em turismo, dá a esta cidade tão bonita na sua essência, uma série de defeitos que por vezes nos leva à exaustão.
Quando se torna impossível apreciar praças e monumentos por não se conseguir sequer chegar perto, quando tirar uma fotografia se torna um trabalho árduo, quando ver-se italianos é a excepção e não a regra, quando há mais folhas de jornais espalhadas pelo chão do que nas prateleiras das lojas, o maravilhoso perde um pouco da sua graça.
Roma tem a meu ver alguns defeitos enquanto cidade cosmopolita mas enquanto essência é concerteza uma das cidades mais bonitas do mundo.