sábado, 26 de abril de 2008

The aromatic Big Apple









Sei que corro o risco de ser redundante com palavras de tantos outros mas a cidade that never sleeps tem charme suficiente para conquistar a fidelidade ao mais exigente dos viajantes. No que a mim me diz respeito posso dizer que fui completamente conquistada por uma cidade que me mostrou ser repleta de armas de sedução.



Desde que me recordo que NYC é uma cidade em agenda na minha mente, daquelas cuja visita seria impreterível, mas que pelos mais diversos motivos havia sido sempre adiada. Apenas agora tive a oportunidade de pisar pela primeira vez o seu solo e é fantástico poder dar uma dimensão real à cidade de que apenas dispunha da versão cinematográfica.



Nova Iorque a cidade que parece ser feita de peças de lego estrategicamente colocadas, a cidade em que as ruas não têm nomes mas números, que a torna invulgar e inconfundível, é uma cidade real, cheia de vida própria e de forte personalidade. Mas é precisamente neste binómio de cidade autêntica e verdadeira que em simultâneo me parece feita de peças de brincar que lhe conferem toda uma fotogenia e constante cenografia, que descubro a base do seu encanto e que me sinto verdadeiramente seduzida. Depois vem o facto de sentir que NYC gosta de quem lá vive e de quem a visita e é nesta reciprocidade de sentimentos que a fidelidade surge e por isso compreendo tão bem quem todos os anos a visite.



Não é comum visitar-se uma cidade em que se gosta de tudo, em que nos revimos no seu estilo de vida, em que nos sentimos inteiramente bem naquilo que ela nos oferece. Em Nova Iorque isso foi possível e vejo-me na impossibilidade de enumerar todos os motivos porque por vezes é moroso o processo de passar a palavras tudo aquilo que se sente.



Talvez tenha sido a sua forte paisagem urbana, talvez tenham sido os táxis (yellow cabs) que governam as suas ruas, talvez tenha sido a descontracção e simpatia das suas gentes, talvez tenha sido a sua oferta cultural, talvez tenha sido a sua oferta de tudo colmatando a mais pequena necessidade, talvez tenha sido o aroma do Central Park e assistir ao Cherry blossom, talvez tenha sido o desmistificar de alguns mitos como o fast food ser sinónimo de junk food quando os nova iorquinos são exímios na comida pré-preparada (o localmente denominado to go) mas de muita qualidade e boa aparência. Talvez tenham sido as suas lojas capazes de agradar aos mais variados gostos e carteiras, talvez tenha sido a heterogeneidade de raças e a diversidade de línguas, talvez tenha sido o tempo, talvez tenha sido eu, talvez tenha sido muito mais.



Este enamoramento com que vi desta viagem pode até arrefecer, ou ver-se diminuído numa próxima (e espero que em breve) visita, mas tanto quanto é possível gostar de um local eu gostei deste e por isso ouso proferir as palavras de Vinicius de Morais a propósito do amor e que este enamoramento "não seja imortal posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure".

sexta-feira, 25 de abril de 2008

A cidade...




que parece feita de peças de lego mas que é para ser levada muito a sério.

I loved NYC... it made me speechless and eternally in love!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

De malas prontas





Com os pés ainda por aqui mas com a cabeça já lá,


Com o nervoso miudinho instalado,


Munida de guias e de muito entusiasmo,



Volto dentro de alguns dias repleta de aromas de outra parte do mundo.


domingo, 13 de abril de 2008

Vai um palmier?


Já por aqui havia confidenciado que me perco de amores por doces e por isso não é de estranhar que a degustação de um bolo me faça dirigir a determinado local, ainda mais quando esse agradável acto está envolto num conceito que alia a pastelaria portuguesa ao design. Para mim não poderia haver receita melhor!

Por essa razão estive este sábado no lançamento do livro "Fabrico próprio", um projecto desenvolvido por 3 designers que tem tanto de doce, como de original e criativo. Num livro que é um compêndio, os bolos são elevados a objectos de design e podemos encontrar quase todos os que ornamentam as montras das pastelarias portuguesas, das mais tradicionais às mais modernas, de Norte a Sul do país. Dos duchesses às bolas de berlim, dos pasteis de nata às almofadas, poucos são os que foram esquecidos. É sabido que somos um pais rico em termos gastronómicos e este livro vem dar o toque de design que faltava aquilo que já era um facto.

Apesar da sala cheia, sinónimo de que os doces com design são do agrado geral, posso afirmar que os bolos que por lá circulavam estavam uma delícia! Pelo menos os palmiers, bolas de berlim e jesuítas.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Gosto!

É portuguesa, de imagem cuidada e feminina, com um dos melhores nomes artísticos que conheço, possuidora de uma voz magnífica que coloca num estilo pop alternativo, é a minha banda sonora do momento:


“Golden Era” - Rita Redshoes

Com um disco com o amor (love) como tema de fundo deixo aqui o registo da letra de uma das minhas músicas preferidas


Choose Love

I choose to hide
But I look for you all the time
I choose to run
But I'm begging for you to come
I wanna break
But I know that you can take
I stay a while
To be sure that you're by my side
Oh, oh

Don't look at me, just look inside
'Cause I can go through
Tell me, are you goin' tired
Of what I don't do
I wanna see, I wanna fight
'Cause I don't feel scared
Honey, if you care

I choose to find
Things that you left behind
I choose to stare
But I can take you anywhere
I wanna stay
But my soul leaves you anyway
Can close the door
And love, could you give me more

Don't look at me, just look inside
'Cause I can go through
Tell me, are you goin' tired
Of what I don't do
I wanna see, I wanna fight
'Cause I don't feel scared
Honey, if you care

Choose love, choose love, love
Choose love, choose love, oh

Don't wanna hear, I wanna fight
'Cause this time I won't be wrong
And I can waste this precious time
Asking where do I belong
So let me know your love is real
'Cause this time you won't control
Tell me please, what do you feel
Do I have to save your soul

Choose love, choose love, love
Choose love, choose love
Choose love, choose love, love
Choose love, choose love
Choose love, choose love, love
Choose love, choose love
Choose love, choose love, love
Choose love, choose love
Choose love, choose love, love
Choose love, choose love
Choose love, choose love, love
Choose love, choose love

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Pássaros a palrar em doces melodias, rolas enamoradas, aroma a flor de laranjeira, amendoeiras a florir, abelhas e borboletas em êxtase primaveril, sons campestres, calma.

É este o cenário com que sou presenteada da janela da minha sala de trabalho…
Um oásis na urbanidade.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Avó

Faz hoje um século que nasceu uma chama, uma chama que aqueceu e iluminou muitas vidas. Apesar de cingida ao seu pequeno mundo, era grande na sua amplitude e forte no seu efeito. Quando a conheci já espalhava o seu calor há quase sete décadas mas ainda assim, longe de esgotada, continuava a fazer imperar, junto dos que a rodeavam, a sua força e a sua personalidade. Era impossível não se amar esta chama, era impossível não nos render ao deleite da sua amizade.
Esta chama, a que chamei avó, extinguiu-se há uma década. Antes de se apagar totalmente foi-se esquecendo dela própria e dos outros, demasiado oprimida pelas malhas da senilidade. As limitações que a sua mente conheceu não foram no entanto suficientes para apagar o seu legado, um amor forte e imperecível que ainda hoje me alimenta.
As saudades que sinto dela são infinitas. Mas sei que o que dela recebi ecoará para todo o sempre, afastando-me de quaisquer mágoas que possa sentir e permitindo-me afirmar que a verdadeira separação apenas existe quando daquele que parte nada fica, mas que eu desta avó fiquei com tudo pois dela recebi amor para toda uma vida.