segunda-feira, 30 de julho de 2007

Neste momento...

Há pessoas que riem de alegria e há pessoas que choram de tristeza,
Há pessoas que nascem, há pessoas que morrem
Há quem veja o Sol a pôr-se, há quem assista ao seu nascer

Há beijos de amor e há beijos de falsidade
Há palavras doces e há lágrimas salgadas
Há pessoas que adormecem e há pessoas que despertam,
Há aqueles que gritam e há aqueles que se lamentam

Há aqueles que se resignam perante a dificuldade e há aqueles que lutam perante o impossível,
Há aqueles que brincam e há aqueles que destroem
Há os que trabalham e há os que estão de férias,
Há os que lêem o que os outros escrevem e há os que escrevem para os outros lerem,

Há quem ouça música e há quem a toque
Há os que ensinam depois de terem aprendido e há os que aprendem para depois ensinar
Há quem olhe e não veja e há quem veja mesmo sem olhar

Há quem goste de si e dos outros,
há quem goste só dos outros, há quem goste só de si
Há quem simplesmente não goste

Há os que amam e há os que odeiam
Há quem faça guerra e há quem construa a paz
Há quem plante flores e há quem incendeie florestas

Há quem se case e prometa amor eterno, há quem não acredite em promessas

Há quem ouça e há quem escute,
Há quem espalhe aromas e há quem os colhe

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Pequenas (grandes) irritações

  • As férias que nunca mais chegam e os colegas que já foram, já vieram e já voltaram a ir, antes de mim;
  • O trânsito que mesmo em época de férias, não diminui e que insiste em ser uma desgraça às 6ªas à tarde. Porque é que quem entra de férias não escolhe o sábado para viajar e escolhe sempre a hora de ponta de 6ª dificultando a vida a quem quer, somente, ir para casa?
  • A incerteza quanto ao tempo que vai estar amanhã. Não me lembro de um Verão que gostasse tão pouco de dar nas vistas.
  • O apoio à natalidade dado por este país, é caso para dizer para grandes problemas soluções insuficientes;
  • Querer comprar algo e simplesmente não conseguir porque esse algo não existe tal como é publicitado. E agora que eu já vi, já escolhi e já me apaixonei dizem-me que não é possível porque não foi homologado. Que palavra mais sem graça para quebrar este estado de paixão em que me encontrava.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Fotos

E não é que fui fotografada em plena via pública!

Não, não foram os tradicionais papparazzi, que o meu estatuto não é de estrela, mas outros fotógrafos que se encontram criteriosamente espalhados pela cidade de Lisboa e que dão pelo nome de radares. É que a capital encontra-se numa sessão fotográfica ininterrupta e quem não quiser entrar na foto, o que é compreensível porque na realidade elas são bem carotas, não pode mesmo passar dos 50Km/h, nem que seja por 10Km/h como foi o meu caso.

Será que ao menos apanhou o meu melhor perfil?

sexta-feira, 13 de julho de 2007

O entusiasmo


Ando com ele já há algum tempo. Levo-o comigo na mala, no peito, na mente, desde que bem junto a mim e faço por partilhá-lo com os outros.

Gosto dele. Gosto de o ter e de o manter. Gosto do que ele me faz sentir. Gosto de estar assim.

domingo, 8 de julho de 2007

De alma cheia

O amanhecer calmo, os primeiros mimos,
o deslumbramento, o espanto,
o derrame das primeiras lágrimas de alegria a preceder o êxtase de um choro feliz,
o rubro das emoções, o assoberbamento dos sentidos.
A felicidade plenamente vivida.

O doce sabor da surpresa, o quente aroma do inesperado,
a esfusiante alegria e o mais sublime prazer de ter recebido a mais bela prova de amor e de amizade.


Ganhei o melhor presente de aniversário de sempre, tão infinitamente melhor do que aquilo que pudesse imaginar, tão admiravelmente cheio daquilo que o dinheiro não compra, tão magnificamente repleto do que melhor a vida tem.

Recebi amor e amizade da forma mais pura e inesperada. Recebi amor e amizade em palavras escritas.

A todos os que contribuíram para o magnífico livro de homenagem à minha pessoa, os meus mais sinceros e sentidos agradecimentos. Estão no meu coração e os vossos comentários estarão em mim perpetuados.

Em especial agradeço ao seu autor, que é em simultâneo o autor dos meus momentos felizes e o aroma que dá sentido a todos os aromas da minha vida.

Para quem por aqui me lê deixo uma foto do livro que é uma ode à vida, ao amor e à amizade e que foi escrito pelas principais pessoas da minha vida.


Do seu conteúdo, deixo-vos uma pequena mostra sob a forma de um dos comentários que docemente me foi dirigido e que é o que mais se relaciona com este meu canto.

A que cheiram as palavras?
A que cheiram as dores e as lágrimas?
A que cheiram os olhos cheios de alegria numa cidade nova?

A que cheira o amor?

A que cheiram a calma e a pureza de espírito?
A que cheira a vontade?
A que cheira a amizade?

Cheira a amora.
E para quem gosta, é um amor de aroma esse aroma de amora.

Como quem faz desse aroma um sentido de se lhe seguir o cheiro.
Como quem lê nesse cheiro palavras doces.


Estou de alma cheia.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

A poucos passos

Caminho a passos largos para mais um aniversário. Tanto que já sinto o seu aroma.

Gosto de fazer anos e não alimento o preconceito de que a partir de certa idade já não se comemora. Não que o acto de envelhecer me seja totalmente indiferente, mas acho que para me aperceber que estou a envelhecer não é preciso fazer anos, há outros sinais bem mais visíveis no espelho, e mesmo com esses tenho convivido bem. Afinal de contas porque nos havemos de preocupar em demasia com algo tão inevitável e irreversível como é o passar do tempo, ao invés de investirmos na possibilidade de termos um dia, ou uma vida, feliz? Porque não moldarmos a nossa atitude no sentido de acreditarmos que o envelhecimento não implica caducidade para a vida e que mesmo num corpo (mais) velho pode haver um espírito jovem?

Acho que é fundamental comemorar aquilo que realmente importa e não há data mais marcante do que aquele que assinala a nossa entrada nesta vida. E quando digo comemorar não me refiro propriamente a dar uma festa, a comemoração pode ser pessoal e introspectiva, mas implica necessariamente renunciar à indiferença por esse dia. Nem que seja oferecer-se a si mesmo uma boa dose de mimos.