Porque há aquele livro em que adorei a personagem, porque há o outro em que me deixei deslumbrar pela estilização da escrita, porque há o outro tão bem descrito que me arrepia, e o outro em que a comédia e o sarcasmo são utilizados de forma inigualáveis. Porque há a poesia, há o romance, as biografias e os ensaios, porque existem acima de tudo palavras.
O livro da minha vida será concerteza aquele que ainda não li e aquele que eu gostaria de escrever um dia.
Nessa altura não me importava nada de saber escrever com as técnicas narrativas do Carlos Ruiz Zafón, com uma pitada do discurso sarcástico do José Saramago, um pouco da intrincada visão sobre a natureza humana do Milan Kundera, completados com a veia poética mais insólita de um Pessoa ou Cesariny.
Por agora deixo que as palavras me toquem, e as estórias me enlevem e que na minha vida não haja um livro no singular mas que abundem no plural.