terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Não gosto de despedidas mas ...

este blogue termina aqui. Não me faz sentido continuar a escrever neste espaço e gosto demasiado dele para que se torne como qualquer espécie de fardo. Guardo nele pensamentos e vivências demasiado íntimas e cúmplices de momentos de vida mais e menos felizes.

Não o vou encher com mais letras mas não o irei apagar. Permitirei que o seu lugar permaneça marcado na blogosfera e quiça um dia o meu mundo vire ao contrário e me apeteça retomá-lo. O meu aromadeamora é quase um conceito, um heterónimo, um jogo de palavras doces que adorei conceber e desenvolver. Não sei se serei tal e qual a imagem que aqui deixei mas serei concerteza um resquício do que aqui me expus.

Irei ocultar muitos dos posts que fizeram parte deste blogue, ficando somente visíveis uma espécie de selecção, sem qualquer intuito de vaidade mas somente como uma forma de resposta protectora de sentimentos que, para mim, já tiveram o seu tempo de exposição global.

Espero sinceramente conseguir voar para outras escritas porque preciso mesmo de voar.

Por tudo o que aqui me foi deixado, os meus agradecimentos. Ocultaria uma verdade se não dissesse que o acto de escrever é tanto melhor quanto a plateia imaginária se torna efectivamente real.

Vemo-nos noutras letras.

aromadeamora33@gmail.com

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Aquilo que sinto

Já foi eloquentemente descrito no 469. do "Livro do dessassossego" de Bernardo Soares.


"O próprio escrever perdeu a doçura para mim. Banalizou-se tanto, não só o acto de dar expressão a emoções como o de requintar frases, que escrevo como quem come ou bebe, com mais ou menos atenção, mas meio alheado e desinteressado, meio atento, e sem entusiasmo nem fulgor."


Talvez este estado de espírito mude...talvez não.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Berlim

Finalmente de Berlim não conheço somente as bolas, o bolo apetitoso que faz crescer água na boca. Na verdade, a cidade que dá o nome a este frito frequentador assíduo das praias portuguesas, é uma capital capaz de, também, deliciar os nossos sentidos. Tem uma cultura e vida urbanas bastante interessantes e possui um carisma peculiar atribuído pelas diferenças que se fazem sentir entre a sua zona oriental e ocidental, até 1989 separadas pelo famoso muro de Berlim.
Repleta de contrastes arquitectónicos e culturais, Berlim é uma cidade que demostra um lifestyle descontraído e eclético e com a grande vantagem de não apresentar aglomerados de turistas como outras capitais europeias. As suas ruas e jardins chegam quase a ser exclusivos de quem por lá passeia e nem a lingua nem a comida se revelam como obstáculo, como muitas vezes ouvimos dizer. Berlim é na realidade uma cidade "tourist-friendly" e acima de tudo uma cidade amantizada das artes e da cultura
Como sempre me acontece gosto dos locais que me fazem sentir bem.




















sábado, 25 de julho de 2009

E nos próximos dias...


este será o mote.

domingo, 19 de julho de 2009

The Killers @ SBSR


Ontem foi dia de Super Bock Super Rock. Depois de um dia cansativo, a tolerar calor e filas intermináveis para saciar as mais básicas exigências do organismo, o balanço foi claramente positivo, tanto que hoje acordei ainda com os acordes dos The Killers a serem cantados pelos meus neurónios.


Vim rendida ao espectáculo dado por aqueles que eu já considerava como uma das minhas bandas rock de eleição. Geralmente sou mais apreciadora de bandas europeias mas perdoem-me os U2, Coldplay e Muse mas estes americanos, vindos directamente de Las Vegas, têm um lugar cativo no meu top de preferências.

Claramente que a grande maioria do público ansiava pelos The killers e portanto a receptividade às outras bandas não foi a melhor. A adrenalina desejada pela plateia claramente que não é compatível com a prestação dada pela Duffy, que do alto dos seus saltos altos, estilo Barbie, pouco ou nada ousou para além de demonstrar ter aprendido umas palavras em português. A Brandi Carlile nem deu para aquecer e apenas roubou uns aplausos mais calorosos na música “The story” que sinceramente não faz o meu género. Destaco também a prestação dos Mando Diao dos quais apenas conhecia a música “Dance with somebody”, óptima para o pezinho de dança. Esta banda apesar de ter tocado ainda no lusco, fusco, mostrou toda a sua qualidade e garra e sei que gostei deles pela decisão que tomei de comprar o album deles a próxima vez que pisar uma FNAC.

Mas os gigantes da noite foram mesmo os The Killers, excepcionais em palco e completamente embasbacados com a receptividade do público português. A enorme massa de gente que ontem pisou o estádio do belenenses entuasiamou-se tanto com a banda, em particular com a música “Spaceman” que deu origem a um dos momentos apoteóticos da noite. Depois da banda terminar de tocar esta música o público todo continuou a cantá-la em uníssono. O vocalista sucumbiu a tamanho entusiamo e resolveu cantá-la de novo em versão integral. Escusado será dizer que o público foi ao rubro e foi neste registo que se manteve durante toda a actuação desta banda que demonstrou ser capaz de conquistar multidões.

Da minha parte, como não há nada que me alivie tanto o stress como cantar a plenos pulmões e pular tanto quanto as pernas mo permitem, vim de lá completamente rendida e só não vou a correr comprar os albuns todos dos The Killers porque já os tenho a todos.

Aqui fica o alinhamento das músicas. Só tenho pena de não terem tocado algumas da minha preferência mas o quarteto de Las Vegas está perdoado por tão bem ter sabido tocar as outras.



Human
This Is Your Life
Somebody Told Me
For Reasons Unknown
The World We Live In
Joy Ride
Bling (confessions of a King)
Shadowplay
Smile
Losing Touch
Spaceman
Dustland
Read My Mind
Mr. Brightside
All These Things That I’ve Done

Encore

I Can’t Say
Jenny Was A Friend Of Mine
When You Were Young

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Amanhã será outro dia

Há vários dias que ando numa inércia incontida. Apenas no trabalho continuo a vencer no despacho de tarefas e por isso estas não se amontoam. Fora dele é que é pior. Ando ao sabor do vento, sem capacidade para qualquer planeamento, sentindo-me amiúde a reagir e não a actuar.
Às vezes até o pensamento me custa. Neste movimento cíclico que é a existência, atravesso uma fase em que sinto que apenas recebo e que pouco ofereço. Não me apetece ter uma voz activa, quero antes estar na passividade de quem apenas ingere aquilo que lhe é dado, através da escrita, do som, do tacto. Por isso me apetece ler e pouco escrever, me apetece escutar e quase nada falar, me apetece sentir e muito pouco tocar.

São estranhas todas estas sensações, mas tenho vivido a encher-me de sensações que me eram estranhas. Eu não sou assim mas sinto-me assim e é neste aparente paradoxo que me movimento e que passam os meus dias.

Meses de cogitações incansáveis quase que esgotaram os meus recursos mentais e o reabastecimento revela-se agora urgente.
Amanhã será outro dia e que a palavra "melhor" faça parte do seu léxico.

domingo, 14 de junho de 2009

As minhas palavras têm vontade própria e por isso já há algum tempo que não pousavam por aqui. Têm andado demasiado arredias para se permitiram aparecer com um simples teclar. No entanto a placidez destes últimos dias insuflaram o seu lado extrovertido e resolveram dar o ar da sua graça.

Existirem feriados aos pares tem tanto de inusitado como de agradável e permite uma espécie de antecipação de férias dando a sensação de inércia adiantada. Sabe muito bem não dar crédito ao relógio, passear sem pressas, abusar das cadeiras das esplanadas exceder a audição com o som do mar, ver os filmes em atraso, tomar bebidas geladas, dormir quando apetece.

Infelizmente as 2ªs feiras existem e há que aprender a conviver com elas!!!