segunda-feira, 22 de junho de 2009

Amanhã será outro dia

Há vários dias que ando numa inércia incontida. Apenas no trabalho continuo a vencer no despacho de tarefas e por isso estas não se amontoam. Fora dele é que é pior. Ando ao sabor do vento, sem capacidade para qualquer planeamento, sentindo-me amiúde a reagir e não a actuar.
Às vezes até o pensamento me custa. Neste movimento cíclico que é a existência, atravesso uma fase em que sinto que apenas recebo e que pouco ofereço. Não me apetece ter uma voz activa, quero antes estar na passividade de quem apenas ingere aquilo que lhe é dado, através da escrita, do som, do tacto. Por isso me apetece ler e pouco escrever, me apetece escutar e quase nada falar, me apetece sentir e muito pouco tocar.

São estranhas todas estas sensações, mas tenho vivido a encher-me de sensações que me eram estranhas. Eu não sou assim mas sinto-me assim e é neste aparente paradoxo que me movimento e que passam os meus dias.

Meses de cogitações incansáveis quase que esgotaram os meus recursos mentais e o reabastecimento revela-se agora urgente.
Amanhã será outro dia e que a palavra "melhor" faça parte do seu léxico.

domingo, 14 de junho de 2009

As minhas palavras têm vontade própria e por isso já há algum tempo que não pousavam por aqui. Têm andado demasiado arredias para se permitiram aparecer com um simples teclar. No entanto a placidez destes últimos dias insuflaram o seu lado extrovertido e resolveram dar o ar da sua graça.

Existirem feriados aos pares tem tanto de inusitado como de agradável e permite uma espécie de antecipação de férias dando a sensação de inércia adiantada. Sabe muito bem não dar crédito ao relógio, passear sem pressas, abusar das cadeiras das esplanadas exceder a audição com o som do mar, ver os filmes em atraso, tomar bebidas geladas, dormir quando apetece.

Infelizmente as 2ªs feiras existem e há que aprender a conviver com elas!!!