segunda-feira, 23 de junho de 2008

Decidir pela eutanásia de um amigo de 4 patas não é fácil. Mesmo quando o racional está do nosso lado e os factos não nos permitem ter dúvidas quanto ao seu sofrimento, sermos nós a dar a ordem de acabar com uma vida é uma coisa que abala.

Falo nisto porque tive de o fazer há uns dias. De repente vi-me confrontada com a decisão urgente de escolher entre o binómio "vida com sofrimento/ morte com dignidade". Deixei-me levar pelos argumentos da lógica mas o lado emotivo jamais me abandona e não consigo deixar de pensar que gostaria muito que tivesse sido a própria vida a tomar essa mesma decisão.

Todos os animais que temos são especiais, e quem como eu gosta da sua companhia, sabe do que falo quando digo que todos eles são diferentes, com personalidades próprias e a ocupar o seu próprio estatuto na nossa vida. Esta minha gatinha não fugiu à regra e por isso deixar-me-á sempre saudades e a mágoa de me ter imposto ao seu destino.

Sei que ela me perdoará, pois se há coisas que os gatos não gostam é de perder a sua dignidade, mas resta-me aprender eu própria a conviver com esta situação e a aceitar que para onde quer que ela tenha ido o sofrimento já não a acompanha.

13 comentários:

Anna72 disse...

Também passei por isso há uns anos. Não é nada fácil.

Mas temos de pensar que o lado racional é que está certo. Acabar com o sofrimento também é um acto de amor.

Beijocas

tixa disse...

Não deve ser nada fácil.
O meu marido tb passou por isso há uns anos atrás com o seu amigo Gato, eu estive ao seu lado e vi o sofrimento nele... é terrivel, mas mais vale morrer com dignidade e nós como seus "donos" temos essa obrigação.
Um bj enorme

pat07 disse...

Tambem passei por isso com o nosso cão de sempre... tinha um problema muito grave de pele... mas custou-nos muito. Acredita que foi melhor assim.

HOPE disse...

Já passei por isso duas vezes. A última foi com a minha cadela Matilde que continua deixar muitas saudades.
Não foi uma decisão difícil porque ela não ia ter qualidade de vida. Mas custou-me horrores aquele momento em que consegui finalmente articular a autorização. Ainda hoje choro só de pensar nela.
Morro de saudades!

Força!

Bjs ;)

Unknown disse...

Querida

Deixo-te um grande beijinho e um abraço, sei que dói muito, muito.

Maganita disse...

Minha querida, deixo-te um abraço bem apertadinho... Nunca passei por esse dilema, mas a opção pela racionalidade embora custosa parece-me ser sobretudo um acto de humanidade.

Um grande beijinho...

Inca disse...

sei bem o que é ;O(.Beijinho grande e um xi bem apertadinho de solidariedade.

Nykita disse...

Obrigado pela força deixada no meu cantinho.

Realmente eu sei k isso dói mto , mas acabar com o sofrimento do animal tb é um acto de carinho.

um beijinho xeio de carinho

Dinastia FilipiNHa disse...

:-(

Um beijinho grande

Susana Pina disse...

Ai! Amiga...fiquei emocionada ao ler-te. Nem consigo imaginar como irei ficar, se algum dia tiver que decidir pela vida da minha Big, só espero que não tenha que ser eu a decidir e a natureza se encarregue de o fazer.
Acho que se tivesses optado por prolongares o sofrimento, também tu te irias sentir muito mal, por isso esse também foi um acto de Amor.
Um enorme bj
susana

criolinha disse...

Oh amiga... puseste-me de lágrimas nos olhos :( Só me lembro das minhas felinas e do qt me custaria ter de fazer isso. Não tenho dúvida que é a melhor solução mas deve custar demais. há 2 anos a minha mãe tb teve q tomar essa decisão com o Tareco mas nós só soubemos depois... mesmo assim doeu :(
Um abracinho apertadinho para ti e um pensamento para ela.

Carla disse...

São decisões sempre complicadas de tomar e depois a gestão das nossas emoções, acompanha-nos neste processo de separação... mas como tu bem dizes, a tua gatinha descansa agora sem sofrimento e com a dignidade caracteristica dos "felinos"
muitos beijinhos
Carla

stardust disse...

Já por lá passei 2 vezes, é horrível, mais ainda porque eles parecem perceber o que se vai passar e não tiram os olhos de nós (pelo menos com os cães é assim). Em nenhuma das vezes tive coragem para assistir, mas das duas vezes lhes fiz um "enterro" com dignidade debaixo de uma árvore centenária no quintal da cas onde sempre moraram.

Beijocas