Ainda hoje as festas dos santos populares me causam bons afectos, resquícios de uma infância passada a saltar à fogueira e a pedir pela vizinhança “uma moedinha” para organizar a festinha no bairro.
Não sendo eu propriamente dada às tradições, gosto destas festas coloridas, aromáticas e patrocinadas (geralmente) pelo calor dos dias bonitos e grandes.
Não ando nas marchas mas não resisto aos manjericos e à sardinha assada, não passeio por Alfama nestes dias de muita afluência mas gosto de saber que as suas ruas estão enfeitadas, envoltas em animação e num frenesim festivo.
Não vivo estas festas no seu âmago mas gosto de as sentir por perto, como se a sua presença me transportasse para os tempos em que estas marcavam o início das férias escolares e das idas frequentes à praia, do convívio na rua nas noites quentes, de uma paz interior que só na meninice se sente.
A vivência dum costume popular numa cidade cada vez mais impessoal e urbana como Lisboa revela que é possível coexistirem os dois mundos oferecendo a quem nele vive a modernidade em convivência pacífica com a tradição.
Não ando nas marchas mas não resisto aos manjericos e à sardinha assada, não passeio por Alfama nestes dias de muita afluência mas gosto de saber que as suas ruas estão enfeitadas, envoltas em animação e num frenesim festivo.
Não vivo estas festas no seu âmago mas gosto de as sentir por perto, como se a sua presença me transportasse para os tempos em que estas marcavam o início das férias escolares e das idas frequentes à praia, do convívio na rua nas noites quentes, de uma paz interior que só na meninice se sente.
A vivência dum costume popular numa cidade cada vez mais impessoal e urbana como Lisboa revela que é possível coexistirem os dois mundos oferecendo a quem nele vive a modernidade em convivência pacífica com a tradição.
9 comentários:
Huummm... Este post fez-me sentir o cheiro dos manjericos!!
Beijocas
As tuas palavras evidenciam uma das características que mais me atrai em Lisboa: sendo uma cidade moderna é, ao mesmo tempo, uma cidade com pequenas aldeias (bairros) onde a forma de vida de outros tempos ainda é presente. É pena que tenha tendência a acabar.
E viva o Santo António :D
A mim, as festas populares lembram-se os finais de ano lectivo, as noites quentes, os bailaricos, as sardinhas, as farturas, o Tejo ao fundo, a 25 de Abril iluminada, as caras conhecidas com que me cruzava a cada esquina, a alegria espelhada nas caras de quem saía à rua.
Ainda hoje, mesmo sem petiscar nem bailar, gosto de atravessar o mar de gente sorridente e de me sentir testemunha de tanta alegria.
Nós, os portugueses, podemos estar mal mas quando é para festejar (seja o que for!), estamos lá!
Hoje, por exemplo, entre as 17h e as 18h45, de certeza que ninguém se lembrou de abastecer o carro de gasolina! Looooool
Gosto muito desta altura, e de ir para Alfama. E a sardinha assada no pão :) este ano não vamos, mas vou comendo as sardinhas
Adoro o cheiro das sardinhas e as cores vivas das festas de St. António :)
bj
eu adoro estas festinhas andar na rua com tanta alegria no ar é bom k estas tradições ñ se acabem.
beijinhos
Deixamos de ter a azafamo do dia-a-dia de uma capital para sentirmos o bairrismo que é tão saudável.
Um bj grande com cheirinho a manjerico
Susana
Estou desejosa do "meu" S. João! :)
Está quase, quase!
Nunca vivenciei de perto os santos populares mas também gosto de ver que este lado bairrista de Lisboa ainda se mantem, assim como adoro passear por essa Lisboa perdida, na esperança de encontrar ainda o ambiente que Eduardo Gageiro tão bem soube retratar.
Beijinhos!!
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