Deve acontecer com a maioria das pessoas mas sinto muitas vezes que a minha vida se divide em vários mundos, cada um deles habitado por certas pessoas e confinados a determinados locais. O mundo do trabalho, o mundo do lazer, são povoados, na sua maioria, por pessoas distintas e em locais claramente diferenciados. Na verdade esta situação não tem nada de original mas o que é certo é que habituou o meu cérebro a uma determinada formatação.
Ora há uns tempos sai do trabalho e fui direitinha ao IKEA. Não me recordo se ia com compras em vista ou se ia apenas com o intuito de ter um momento só meu infiltrada no meio de uma mol de objectos decorativos. Também para o caso pouco interessa, porque o importante é que mal lá cheguei entrei naquele autismo típico de quem anda às compras e só tem olhos para as prateleiras e mãos para pegar em tudo o que lhe apetece e pôr, ou não, no saco. Estava eu num destes momentos de puro deleite, a observar cuidadosamente um qualquer objecto pelo qual me enamorei, quando ouço um “Olá” seguido do meu nome. Apesar de fortemente concentrada na minha tarefa, a audição do nome que me caracteriza afastou-me do prazer mundano a que me dedicava e fez-me olhar para o lado. Já um pouco frustrada por esta interrupção abrupta, reparo que quem me chama não é uma pessoa amiga ou conhecida pertencente ao mundo do lazer mas sim uma pessoa do mundo do trabalho. Para o meu cérebro esta conjugação IKEA-trabalho causa alguma dissonância e portanto fez imediatamente questão de a eliminar dando-me como reacção tratar essa pessoa por tu (algo que não acontecia), como que para implicitamente a alertar da informalidade do nosso encontro. No entanto, a outra pessoa, que concerteza teria um cérebro menos dado a estas esquisitices, não fez por menos e ignorando qualquer assunto que se pudesse relacionar com o local onde estávamos, tratou de me abordar única e exclusivamente, e pior ainda de forma persistente, com temas dedicados ao trabalho.
Ora há uns tempos sai do trabalho e fui direitinha ao IKEA. Não me recordo se ia com compras em vista ou se ia apenas com o intuito de ter um momento só meu infiltrada no meio de uma mol de objectos decorativos. Também para o caso pouco interessa, porque o importante é que mal lá cheguei entrei naquele autismo típico de quem anda às compras e só tem olhos para as prateleiras e mãos para pegar em tudo o que lhe apetece e pôr, ou não, no saco. Estava eu num destes momentos de puro deleite, a observar cuidadosamente um qualquer objecto pelo qual me enamorei, quando ouço um “Olá” seguido do meu nome. Apesar de fortemente concentrada na minha tarefa, a audição do nome que me caracteriza afastou-me do prazer mundano a que me dedicava e fez-me olhar para o lado. Já um pouco frustrada por esta interrupção abrupta, reparo que quem me chama não é uma pessoa amiga ou conhecida pertencente ao mundo do lazer mas sim uma pessoa do mundo do trabalho. Para o meu cérebro esta conjugação IKEA-trabalho causa alguma dissonância e portanto fez imediatamente questão de a eliminar dando-me como reacção tratar essa pessoa por tu (algo que não acontecia), como que para implicitamente a alertar da informalidade do nosso encontro. No entanto, a outra pessoa, que concerteza teria um cérebro menos dado a estas esquisitices, não fez por menos e ignorando qualquer assunto que se pudesse relacionar com o local onde estávamos, tratou de me abordar única e exclusivamente, e pior ainda de forma persistente, com temas dedicados ao trabalho.
Com tudo isto não sei quem é que é pior, se eu com estas dissonâncias entre mundos se a outra pessoa com um mundo só.
12 comentários:
Ás vezes deixamo-nos envolver tanto pelo trabalho que não nos conseguimos dissociar do mesmo e obrigamos os outros a fazer o mesmo.
beijocas e bom fim de semana
:S:S:S
Que mau gosto o dessa pessoa!!!
Bem, ms pelo menos reconheceste a pessoas, há quem não se lembre de onde a conhece, tal a concentração :P
:-*
É pá!! Não me falem de trabalho fora dele!!!!
Infelizmente levo com isso constantemente, porque encontro várias vezes os clientes, como por exemplo numa ida ás compras ao Continente, uma vez que moro perto do local de trabalho. E como sempre eles têm sempre uma perguntinha para fazer. Ás vezes fujo, para ver se me safo!
Beijocas
Bem, que falta de sentido de oportunidade... Espero que essa pessoa tenha sido despachade e tu tenhas feito as tuas compras em paz.
Uma beijoca
detesto isso, o que vale é que a mim agora é mt raro isso acontecer.
Acho que essa pessoa se não tinha nada para falar contigo sem ser de trabalho, não falava, homessa!
beijinhos
Também não sou grande adepta de misturas entre mundos, especialmente se for o do trabalho a interferir com o do lazer... Felizmente, no meu caso, esses encontros imediatos são raros, já que o meu mundo de lazer é igualmente distante do do trabalho, o que dificulta o encontro (e ainda bem!)
Beijinhos
Oi querida
Pois..por enquando as lojas ainda não são privadas e corremos o risco de estarmos sempre a dar a cara com pessoas que teimam em falar de work:)))
beijoas linda...
yami
Também sou um pouco assim... com mundos diferentes. E gosto que fiquem nos seus lugares.
O que te aconteceu é muito desagradável e há pessoas que parecem só saber falar de trabalho! Se não sabem o que dizer leiam os desbloqueadores de conversa do Nuno Markl que sempre podem aprender qualquer coisa :)
Beijocas
Pois realmente... se calhar a pessoa não tinha outro tema de conversa e cá vai disto... coitadinho (a).
BJs
Hà pessoas que realmente só vivem para o trabalho...
Prefiro os dois mundos.
Um bj muito grande
susana
É bom quando os mundos se podem unir sem misturar... O trabalho fica lá no sítio, o lazer fora dele.
Beijocas trabalhadoras
Costuma-se dizer que "Trabalho é trabalho, conhaque é conhaque." Seria assim tão importante/urgente essa questão de trabalho? Aposto que não ou essa pessoa estaria a trabalhar ou desesperadamente a tentar contactar-te e não no Ikea.
Vá-se lá saber o porquê.
Espero que tenhas conseguido embrenhar-te novamente no teu merecido momento de lazer!
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