Já perdi a conta às vezes que:
- Os meus pensamentos caminharam na mesma direcção proibida,
- Os meus sorrisos disfarçaram lágrimas e as minhas lágrimas foram preâmbulos de sorrisos,
- Dei a mão à esperança para depois a perder e para depois a reencontrar,
- Fui invadida por uma ansiedade paralisante, resistente a gestos e a palavras,
- Me senti sufocar numa existência toldada,
- Temi ouvir certas palavras e encarar determinado futuro,
- Pensei em falar, para depois me esconder, para decidir omitir,
- Tentei sair de mim e constatei que é impossível,
- Renasci e que encontrei forças das quais desconheço a origem,
- Me ouvi a mim própria em lamúrias, em vozes introspectivas, numa aflição desgovernada,
- Decidi pela vida, pela felicidade e pelo meu bem-estar,
- Perdi as referências para me reencontrar em pequenos significados,
- Constatei que me encantam as pequenas boas surpresas,
- As minhas palavras não chegam mas que me emociono com as palavras dos outros.