quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Reflexão de fim de semana

“Um Mestre Oriental viu um escorpião que se estava a afogar, decidiu tirá-lo da água mas quando o fez, o escorpião picou-o. Como reacção à dor, o Mestre soltou-o e o animal caiu à água e de novo estava a afogar-se. O Mestre tentou tirá-lo outra vez, e novamente o escorpião picou-o. Alguém que tinha observado tudo, aproximou-se do Mestre e disse:- Perdão, você é teimoso? Não entende que de cada vez que tentar tirá-lo da água ele o picará??!O Mestre respondeu:- A natureza do escorpião é picar e isso não muda a minha natureza, que é ajudar. Então, com a ajuda de um ramo, o Mestre retirou o escorpião da água e salvou-lhe a vida.
Não mudes a tua natureza se alguém te magoar. Apenas toma precauções.”

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Natal- parte I

A menos de um mês desta data carismática, não podia deixar de fazer um post sobre ela. Este será o primeiro deles e assentará numa visão um pouco crítica desta época.
Não pensem que sou daquelas aversas ao Natal mas confesso que a ápoca natalícia já não tem, sobre mim, o mesmo efeito reconfortante de outrora. Talvez o ditado de que "o Natal é para as crianças" se aplique a mim na perfeição pois a minha condição de adulta faz-me achar que esta é uma época adulterada nos seus princípios. Hoje, assiste-se, e utilizarei uma metáfora dos tempos actuais, à OPA da economia sobre a religiosidade, à permuta da afectividade pelo consumismo, à substituição integral da figura do menino Jesus, a génese do Natal, pelo figura comercial do Pai Natal, e criação da Coca Cola.
Contra mim falo nestas considerações, pois também eu me rendi à massificação do consumo e aos símbolos profanos do Natal, mas não sem sentir alguma tristeza no facto da sua essência estar a ser perdida. Não sendo uma pessoa propriamente religiosa considero que o Natal deveria ser uma época simbólica e o expoente máximo de uma forma de estar na vida, baseada na afectividade e no respeito pelo próximo. Hoje o Natal é excessivamente comercial, assente em demasia nas ofertas e na azáfama das compras. A alegria que desperta está demasiado concentrada no momento fugaz da abertura dos presentes.
Até a preparação da ceia de Natal caiu num minimalismo próprio dos dias de hoje, em que a correria das compras nos deixa pouco tempo para o resto. É que até as filhozes e as azevias que, noutros tempos eu fazia com a minha avó (e que saudades tenho tuas minha avozinha!), e que faziam dos preparativos da ceia de Natal, um espaço único de convívio familiar, são hoje comodamente encomendadas no café perto de casa.

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Nota de autor

Não vale a pena continuar a pensar naquilo que não alcançámos. Vale a pena agradecer aquilo que se tem. Pode parecer um cliché mas os clichés encerram consigo verdades. Por isso este post direcciona-se para todos aqueles que muito me acarinharam por estes dias em que a ansiedade apertou e em que a desilusão tomou posse.
O mundo virtual é um mundo diferente, que nos aconchega, que nos revela verdadeiras surpresas vindas de pessoas que não se conhece, que apenas se lê e das quais se conjecturam traços de personalidade. Tenho a sorte de conhecer pessoalmente algumas das pessoas que por aqui passam e sei que o que aparentam virtualmente são na realidade traços de carácter verdadeiros que as tornam pessoas únicas. Com as que não conheço mergulho na magia que é imaginá-las e concretizá-las na minha mente com cada comentário que me deixam.
Estou, por isso, grata pelos mimos que recebi e pelas palavras de que fui alvo e não podia abdicar do meu dever de agradecer.
E os aromas continuam...

domingo, 5 de novembro de 2006



SONHO

Pelo sonho é que vamos,
Comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não frutos,
Pelo Sonho é que vamos.

Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
Que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
Com a mesma alegria, ao que é do dia-a-dia.

Chegamos? Não chegamos?

-Partimos. Vamos. Somos.


Sebastião da Gama, Pelo Sonho é que Vamos

quinta-feira, 2 de novembro de 2006



Uma árvore de esperança cresceu no cinzentismo da dúvida.

Que a árvore dê lugar à floresta, que a dúvida dê lugar à certeza, que a esperança dê lugar ao aroma.